Vandalismo gera gastos de cerca de R$ 168 mil por ano aos cofres públicos

26 de maio de 2014

Vandalismo gera gastos de cerca de R$ 168 mil por ano aos cofres públicos

DIC

Cerca de R$ 14 mil por mês são gastos pela Prefeitura de Bertioga para limpar, repor ou refazer parte de equipamentos públicos que sofrem vandalismo. Isso representa mais de R$ 168 mil por ano, gastos pela municipalidade para a manutenção, que poderiam ser utilizados em outros setores públicos, caso não houvesse a ação de vândalos. Esses gastos podem ser ainda maiores se for considerada a reposição de material furtado, como cabos de iluminação.

São placas e postes de trânsito destruídos ou roubados, grades públicas arrancadas, torneiras e vasos sanitários roubados ou destruídos e monumentos pichados. A Prefeitura de Bertioga, por meio das diretorias de Trânsito e Transporte e de Manutenção e Serviços, deslocam equipes, a cada vandalismo constatado, para repor e refazer os serviços.

Somente neste fim de semana (dias 24 e 25), 15 placas de trânsito da Avenida Anchieta, entre os bairros Albatroz e Rio da Praia - um trecho de pouco mais de 2,5 quilômetros – foram arrancadas e os postes entortados ou quebrados.

De acordo com o diretor de Trânsito e Transporte, a maioria das placas foi jogada no canal de drenagem. “Algumas conseguimos recuperar na oficina, que fica na Diretoria, outras, teremos que substituir”, explicou Castro. O mesmo ocorre com os postes, que devem ser substituídos e recolocados no local, utilizando concreto.

Cada placa custa entre R$ 60,00 e R$ 120,00, dependendo do material de que são confeccionadas, fibra ou alumínio. Já os postes têm custo de cerca de R$ 120,00 cada um. O diretor calcula que somente este fim de semana, os gastos com manutenção das placas chegou a cerca de R$ 3 mil. “Se projetarmos no mês esses vandalismos que ocorrem, principalmente nos finais de semana, o valor ultrapassa R$ 12 mil”. Ele ainda reforça que é necessário deslocar funcionários do setor para a realização do serviço, o que também deve ser embutido nos custos de reparos dos vandalismos.

O gradil da ciclovia da Avenida Anchieta, no trecho próximo ao bairro Albatroz, instalada recentemente, também sofreu atos de vandalismo este fim de semana, quando as grades foram arrancadas. A Prefeitura acionou a empresa responsável pela instalação, que refez o serviço.

Orla da praia

Inaugurada em 2010, a reurbanização da orla da praia, entre o Forte São João e a Pista de Skate, também vem sofrendo com os atos de vandalismo. A Diretoria de Manutenção e Serviços calcula que somente nesse trecho os gastos mensais para reparar atos de vandalismo chegam a R$ 2 mil, incluindo reposição de material e a mão de obra para a realização do serviço.

Os vândalos quebram torneiras, vasos sanitários e mecanismos das caixas acopladas dos banheiros dos três quiosques. Os vidros das janelas dos banheiros também foram quebrados o que obrigou a substituição do material. Além disso, lâmpadas são roubadas e as portas e paredes dos banheiros são constantemente pichadas.

Pichações

As pichações também são atos de vandalismo e geram gastos para a municipalidade. Um dos principais alvos são as esculturas da orla da praia. A Prefeitura de Bertioga está testando um produto próprio para retirar manchas de pichações, cujo valor do frasco de 500 ml é R$ 55,00.

Cerca de 10 esculturas sofreram vandalismo. O produto retira a tinta da pichação, entretanto mancha a peça, que terá que ser repintada, gerando mais custo de manutenção. O mesmo produto já foi testado e se mostrou eficiente para retirar tinta de pichação dos painéis de eletricidade da orla, que são revestidos por pastilhas cerâmicas. A aplicação requer o trabalho de, pelo menos, dois funcionários.

Cabos

Os gastos da municipalidade provenientes de atos de vandalismos podem ser ainda maiores se considerados furtos de cabos de iluminação. De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, somente no mês passado a Prefeitura gastou cerca de R$ 49 mil para repor todo o cabeamento de energia que foi furtado próximo ao Parque do Jundu, na orla da Praia da Enseada, no Centro. “Tivemos que fazer uma licitação para adquirir o material e contratar uma empresa para refazer o serviço”, comentou o secretário.

Pena

Crimes contra o patrimônio público estão previstos no Código Penal Brasileiro. O artigo 3º, inciso 163 prevê pena de detenção de seis meses a um ano para quem destruir, inutilizar ou deteriorar a coisa alheia. O diretor de Trânsito e Transporte informou que registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia referente às placas deterioradas. “As imagens de câmeras dos comércios e prédios próximos ao local poderão permitir a identificação dos vândalos”.

Guarda Civil Municipal

Uma das funções da Guarda Civil Municipal (GCM) é a preservação do patrimônio público. Atualmente três viaturas, com dois guardas em cada, fazem a ronda pela Cidade, durante 24 horas, coibindo atos de vandalismo.

Além disso, a Secretaria de Segurança e Cidadania abriu processo de licitação, publicado esta semana, no Boletim Oficial do Município (BOM), para contratação de empresa especializada para implantação do Sistema de Segurança e Controle Integrado, que vai funcionar no Paço Municipal.

Segundo o secretário, a instalação da central de monitoramento é o primeiro passo para a instalação de câmeras em diversos pontos da Cidade. “Uma das funções das câmeras será coibir atos de vandalismo e, quando for o caso, identificar as pessoas que praticaram”.

Para denunciar atos de vandalismo a comunidade pode acionar a GCM pelo telefone 153.