Bertioga participa de projeto piloto sobre tratamento de resíduos sólidos urbanos

18 de dezembro de 2015

Bertioga participa de projeto piloto sobre tratamento de resíduos sólidos urbanos

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, vai realizar um projeto piloto de pesquisa envolvendo diversas questões sobre os resíduos sólidos urbanos (RSU). Convênio nesse sentido foi assinado na quinta-feira (17), entre o prefeito de Bertioga e o presidente do IPT, Fernando José Gomes Landgraf.

O projeto, chamado RSU-Energia, visa apoiar os municípios nas decisões relativas a resíduos sólidos urbanos (RSU), auxiliando na redução de custos de operação, diminuindo o volume de resíduos a ser destinado à disposição final e ainda possibilitando a geração de energia a partir dos resíduos sólidos urbanos.

O prefeito se disse muito confiante com o trabalho de pesquisa que será realizado em Bertioga. “De acordo com os resultados, esse projeto poderá ser aplicado em qualquer cidade do Brasil. Para a Baixada Santista também será de extrema importância. Estou muito otimista”.

O RSU – Energia foi uma demanda da Secretaria de Estado. De acordo com Landgraf, o vice-governador e secretário da pasta, Márcio França, solicitou o projeto, que segue as determinações do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. “Ele pensou na criação de um projeto piloto na Baixada Santista e sugeriu Bertioga, pela grande área de preservação ambiental existente e também pelos avanços na questão dos resíduos sólidos, como a coleta seletiva”.

Além disso, segundo Landgraf, já nos primeiros contatos com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, os técnicos do IPT constataram a boa vontade dos profissionais de Bertioga. “A receptividade foi muito boa e hoje já foram iniciadas as primeiras tratativas”.

A coordenadora do projeto, Cláudia Echevenguá Teixeira, explicou que o objetivo é minimizar o volume do lixo úmido produzido e a geração de energia. Ainda não é possível determinar qual o tipo de tratamento que será realizado, se biodigestão (espécie de compostagem), incineração (queima), gaseificação (transformação em gás) ou pirolise (outro tipo de queima). “Tudo depende da qualidade do resíduo que vamos encontrar. Por isso é um trabalho de pesquisa muito minucioso”.

Ela explica que o trabalho não será realizado em toda a Cidade. Será escolhida uma localidade para fazer parte da pesquisa. Os técnicos vão conhecer as dificuldades que a comunidade encontra para a separação do lixo, quais os processos podem ser implantados para facilitar e ampliar a coleta seletiva, além de procurar envolver os moradores da localidade no processo. “Para alguns tipos de tratamento, o chamado lixo úmido deve ser muito bem separado”.

O projeto, previsto para 24 meses, será desenvolvido em três fases. Na primeira será elaborada a planta de avaliação, com mapeamento de alternativas tecnológicas e definição de prazo e custo (3 meses); na segunda, será feito o memorial descritivo, com mobilização e integração da população e realização de testes de monitoramento (15 meses); na terceira, será a operação do programa pelo IPT, com operação, monitoramento e avaliação e proposta de solução para o município (6 meses).

Durante a cerimônia de assinatura estiveram presentes os vereadores Luiz Henrique Capellini (presidente da Câmara) e Toninho Rodrigues.